terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Suquinho e Fantasia

Meu amor, você tomou seu primeiro suquinho ontem! Foi de laranja mimo do céu, especialmente comprada pelo vovô. No início, você fez uma caretinha, mas, logo em seguida, começou a sugar a chiquinha com muita vontade, adorando o gostinho da laranja. E adorou mesmo, porque, quando acabou, chorou querendo mais...rs

Bem, hoje, dei o suquinho novamente e você tomou tudinho. O seu tio pediatra disse que, agora, você também já pode começar a comer bananinha bem amassada. Seu avô já comprou bananinhas especiais, livre de agrotóxicos (bem coisa do seu avô mesmo..rs). Amanhã, vamos tentar essa novidade, tá?!

Beijos, lindona!

P.S: Ah, quase esqueci de comentar que ontem você vestiu sua primeira fantasia de carnaval. Sua avó quem comprou. Uma baianinha linda, com sainha e top bem coloridos! Mamãe colocou uma tiara amarela com uma flor vermelha na sua cabecinha e tirou muitas fotos. Minha pequena foliã ficou um arraso!!!

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Em Recife

Estamos em Recife, minha pequena. Depois de dias de viagem de carro por Belém, São Luís, Terezina, Fortaleza (onde você conheceu vários tios e primos), Natal e João Pessoa (onde você viu seus padrinhos pela primeira vez), finalmente chegamos a Pernambuco. Aqui, você já conheceu outros tios e primos e todos, sem exceção, amaram você. Acho que hoje, ainda, você conhecerá sua avó paterna e, depois, sua bisavó.

Durante a viagem, você deu um show de tranquilidade no carro. Muito quietinha e sorridente, só reclamava um pouquinho quando estava com fome. Você é muito boazinha, meu amor. Todo mundo fala isso. Na verdade, ontem, pela primeira vez, eu vi você chorar sem razão aparente. Fiquei bem assustada, sem saber o que fazer, porque parecia que você estava sentindo alguma dor. Ainda não sei o que aconteceu para você gritar daquele jeito, mas acho que passou. Hoje, você ainda parece um pouquinho irritada, mas nada que se compare ao que aconteceu ontem. Não sei se realmente existia algo lhe machucando, só sei que, em mim, doeu bastante lhe ver daquele jeito.

Te amo muito, meu amor!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

27 de Janeiro

Oi, meu amor...

Mamãe, mais uma vez, ficou devendo textos no seu blog. Esses dias aqui na Casa de Hóspedes não foram tão fáceis como eu pensava. Além de brigar com os mosquitos (compramos um mosquiteiro para você) e ter que me virar com pouco espaço para organizar suas coisinhas (tudo que não foi na mudança está acomodado em uma mala), ainda tive que começar a lavar suas roupas, as minhas e a do seu pai. Isso porque a menina que me ajudava simplesmente desaparaceu, sem dar qualquer explicação. Depois, quando resolveu voltar, eu disse que não a queria mais. Não suporto gente irresponsável, filha. Se não podia vir trabalhar, pelo menos ligasse para avisar, não é? Assim, eu não teria ficado esperando feito uma imbecil. Ela já havia feito isso antes e eu relevei, mas dessa vez, não dava mais. Então, assumi, além da lavagem das mamadeiras, a lavagem de roupas (e as suas são lavadas à mão, viu?). Resultado: mãos horrivelmente ressecadas, costas destruídas e muito, mas muito cansaço mesmo. Ah, e o pior é que, por causa da chuva, muitas vezes tenho que improvisar um varal no quarto, para que o ar condicionado seque tudo. Sim, depois, ainda passo suas coisinhas, o que faz com que a coluna de mamãe sofra mais um pouquinho. Estou acabada, filhota. E ainda tenho que fazer pose de primeira dama, participando de jantares de despedida, em cima do salto e morrendo de sono. Mas, tudo bem, faz parte.

Em Belém, já me indicaram uma moça para me ajudar. Tomara que dê certo. É que eu vou precisar de tempo para preparar o trabalho de conclusão da minha pós-graduação, já que meu prazo de licença acaba em alguns dias. Ah, filhota, ser mãe é maravilhoso, mas muda nossa vida radicalmente. Vá aprendendo: mulheres precisam ser boas mães, perfeitas (e vaidosas) esposas, ótimas donas de casa e impecáveis profissionais. Ao menos, é isso que a sociedade (pricipalmente a ala masculina) cobra de nós. O difícil é arranjar tempo para tudo isso. Às vezes, acho que vinte e quatro horas não são suficientes para tudo que eu preciso fazer durante o dia.

No mais, no meio de todo esse cansaço, uma notícia boa é que seu avô já está aqui conosco. Ele ficou abobalhado com você. Repete sem parar que você é tão esperta que logo estará falando e andando. Seu avô é um doce, minha filha. Nós temos muita sorte de tê-lo em nossas vidas. Se existem pessoas-anjos espalhadas pelo mundo, tenho certeza que ele é uma delas.

Beijos, meu amor!

12 de Janeiro

Hoje é 12 de janeiro e eu estou escrevendo da Casa de Hóspedes, filhota. Nós nos mudamos para cá no dia em que você completou dois meses (04 de janeiro). Infelizmente, não foi possível fazer sua festinha porque aquele foi um dia muito confuso. Mudança não é fácil...É mala para um lado, caixa para o outro... Um horror! Mas, o que importa é que estamos bem, apesar de havermos deixado a casa linda que foi sua primeira residência. Por lá, ficou Maria Eduarda (a árvore que eu plantei). Se der tempo, gostaria de voltar para tirar uma foto com você perto dela. Vai ser uma boa lembrança.

Bem, a Casa de Hóspedes é muito boa. Estamos ocupando dois quartos. Seu pai fica em um, e eu e você em outro. Sempre estamos juntos, mas na hora de dormir, eu preciso de uma cama só para nós duas, porque seu pai é muito grande..rs..rs O único problema da casa são os mosquitos... Isso é muito chato, filha, porque eu acabo tendo que deixar você no quarto quase o dia inteiro, com o ar condicionado ligado, já que, do lado de fora, é uma mosquitaidada (nem sei se essa palavra existe) danada! Mas, como se fala, estamos passando apenas uma chuva por aqui. Logo, estaremos viajando de férias pelo Nordeste e, depois, conheceremos nossa nova casinha em Belém. Na verdade, um apartamento enorme, que fica em frente a uma praça linda, onde iremos passear bastante. Aliás, passear não vai ser problema, porque em Belém existem lugares lindos que você certamente irá adorar. Pareço empolgada com a mudança de cidade?!Pois estou mesmo! Confesso que ando sentindo falta de morar em uma cidade maior, com mais atrativos do que esta onde você nasceu. Não que aqui não seja um bom lugar. É, sim, filha. Eu e seu pai fomos felizes nesta terra, mas, é que, de vez em quando, eu sinto muita falta de estar em um lugar mais evoluído.

Agora, voltando ao nosso atual lar, outra coisa ruim daqui é que não tem internet. Por isso, eu nem sei quando vou conseguir postar este texto (ou os outros que ainda escreverei) no blog. Assim, quando você ler as postagens deste período de mudança, notará uma certa confusão de datas, por conta desse temporário e infeliz exílio virtual, que eu espero que termine o mais rápido possível. É um verdadeiro tédio ficar num lugar, sem ter o que fazer (além de cuidar de você) e nem ao menos poder navegar pela internet.

Vou indo, filhota. Depois, escrevo mais um pouquinho.

Beijos!!!