quinta-feira, 27 de setembro de 2012

O Bom e o Ruim do Desfralde

Ouso dizer que o desfralde está quase finalizado. Tirando umas escapadinhas sem-vergonhas que acontecem vez por outra, o processo está bem tranquilo. Agora, sendo sincera, o desfralde é bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque é momento de evolução, amadurecimento da criança, descanso do bolso (porque fralda custa caro pra caramba!), etc. Ruim porque levar menina a banheiro público é fogo! É um tal de forrar vaso com metros e metros de papel higiênico, carregar assentos descartáveis de várias marcas na bolsa, segurar a pessoinha de forma que seu bumbum principesco encoste o mínimo possível nas camadas de papel que forram o trono, rezar para que o shopping/restaurante/qualquer lugar do planeta possua banheiro exclusivo para crianças (o que não impede que a mãe neurótica continue praticamente plastificando o vasinho, mas ao menos dá a sensação de que nenhum traseiro adulto e intruso já sentou ali) e assim por diante.

Recentemente, passei por uma nova experiência "inspiradora"que só o desfralde poderia me proporcionar: levar a filhota ao banheiro de um avião. Alguém que já trocou fraldas dentro do banheiro de uma aeronave já tem uma boa noção de como é complicado se movimentar dentro daquele espaço minúsculo e angustiante. Agora, imaginem, entrar ali com uma criança que já passou e muito da versão "sou um bebê pequeno", não cabe mais nos braços e muito menos no trocador e que, ainda por cima, anuncia alto e em bom som para toda a tripulação e passageiros que precisa muito fazer xixi/cocô! É isso aí... Instala-se uma cara de paisagem instantânea no rosto e leva-se a figurinha ao maldito micro-banheiro, ignorando os olhares sádicos curiosos que queimam suas costas. Uma vez lá dentro, é entregar a alma a Deus e começar o contorcionismo. Ah, e se a viagem for longa ou se a criança em questão gostar, sabe-se lá porquê, de contrariar as leis da Física relativas ao espaço, o processo se repetirá incontáveis vezes.

Saudades das fraldas?! Talvez. A gente desfralda as crianças sem lembrar dos banheiros públicos. Penso que  mães de meninos sofram menos com isso, pois o "equipamento" dos garotos é melhor adaptado a essas situações emergenciais fora de casa (pelo menos, com relação ao "número um"). Enfim, faz parte do pacote. Eu, como mãe, é que tenho que me adaptar à nova fase de minha filha, ainda que seja fazendo contorcionismo em banheiros minúsculos ou extremamente carentes de limpeza adequada (vulgos "ecaaaaaaaa!").

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