sábado, 14 de dezembro de 2013

Meu Super Filhote!


Faltando dois dias para completar 4 meses, ele resolveu se rebelar: começou a rolar no berço, a se arrastar que nem uma minhoca, a bater com força nos badulaques de sua cadeirinha hiper-mega-blaster de balanço colorida e a "conversar" num dialeto todo próprio de "uhhhhs, ahhhhs e guuuus". Adorei! Apesar de achar que essa revolução veio meio cedo (essas coisas não ocorrem  lá pelo quinto mês???). Só sendo muito super mesmo, esse meu filho! Só quero ver a cara do pai, quando chegar de viagem, e encontrar esse prodígio que ele colocou no mundo comigo!


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Não há tristeza que resista

Então, que meus filhos são lindos. Sou mãe coruja assumida e não me canso de olhar para eles com aquele olhar de "poxa, vida e pensar que fui eu que fiz essa belezura toda"! Meu marido diz que o mérito é dele e que eu fui apenas um "ótimo forninho". Jura?! Sei... Eles são a minha cara, desculpa aí.

Os olhos dos meus filhos? Perfeitos. Nada de azuis celestes. São castanhos escuros e expressivos. Maria Luiza, desde cedo, demonstrou ter um olhar profundo, daqueles que enxergam a alma da gente. Já Henriquinho tem um olhar extremamente amoroso, que faz com que você se sinta única no mundo. E os dois têm sorrisos impressionantemente apaixonantes! Sou suspeita para falar, eu sei, mas é que são apaixonantes mesmo.

Assim, em dias em que estou meio para baixo, olho para os sorrisos e olhos dos meus filhos e agradeço a Deus o presente que é tê-los em minha vida. Eles são a minha riqueza e, por eles, tudo vale a pena. 

O Amor sempre nos salva. 

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Quatro Anos

Hoje, faz quatro anos que nós nascemos, filha... Você, quando saiu de dentro de mim, nasceu para todos nós. E eu, ao encontrar o seu olhar pela primeira vez, ainda na sala de parto, nasci como mãe. Eu poderia relatar exatamente cada minuto daquele dia, minha linda, porque está aqui, gravado na minha cabeça para sempre, mas é simples resumir tudo em uma única palavra: AMOR. O mais puro, o mais verdadeiro, aquele que a gente acha que só existe em filmes... Amor. É como se a gente já se conhecesse desde sempre e eu acredito que já nos conhecíamos sim e que você me escolheu como mãe. É o que o meu lado espiritual diz, filha. Nós nos reencontramos e que bom que aconteceu! Obrigada pela sua escolha, meu amor. E obrigada a Deus por ter permitido esse encontro e ter depositado em mim tamanha confiança. 

O aniversário é seu, meu amor, mas o maior presente será sempre meu: você!

Parabéns, minha vida!!!

"I´m still enchanted by the light you brought to me... I listen through your ears, through your eyes I can see..." - U2





quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Festinha Chegando

O aniversário de Maria Luiza está chegando e, desta vez, tive que me render a uma festa "produzida" por outra pessoa. Todo mundo que me conhece sabe que eu amo fazer a festinha dela, do meu jeito, colocando a mão na massa (literalmente!), de um jeito caseiro, como eram as festas de antigamente. Mas, este ano, com a chegada de Henriquinho, meu tempo ficou meio limitado. A festa foi "contratada", mas será feita em casa. Ao menos isso. Temos um grande quintal e eu faço questão de usá-lo. Casa de festas nem pensar! É artificial demais para o meu gosto.

Enfim, como eu não me aguento, os centros de mesa e alguns docinhos serão feitos por mim. Não tem jeito, eu preciso participar de algum jeito!!!!..rs...rs É que quero que ela saiba que eu dei meu toque em alguma coisa, que eu fiz questão de fazer parte desse momento tão especial para todos nós. Minha atuação, este ano, será uma coisinha de nada, muito simples, mas, ainda assim, estará lá, como um pedacinho de carinho meu para minha filha. 

Amo muito você, minha pequena. Sempre!

P.S: Filho, você também contará com a "Mamãe´s Party Corporation" nos seus aniversários vida afora. Enquanto eu puder (e você e sua irmã quiserem, evidentemente), farei bolos, brigadeiros, colarei meus dedos com cola quente, encherei balões, tudo, tudo, tudo, para transformar a comemoração de cada ano da vida de vocês em dias muito especiais (porque vocês são MUITO especiais para mim, meus amores!!!).

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

No Regrets

A culpa passou. Meu filho, antes tão mirradinho, ganhou peso, está super esperto e saudável. E está tomando complemento sim, o NAN que a médica passou. Ainda dou o peito, evidentemente, mas a alimentação virou mista. Resolvi não sofrer. Tenho a consciência limpa, clara e cristalina de que tentei a amamentação exclusiva, mas meu corpo me pregou uma peça: como na gravidez anterior, minha produção de leite não é suficiente para matar a fome de meu rebento. Paciência. O NAN também não é nenhum lixo tóxico, certo?! Portanto, sem tristeza, sem culpa e sem julgamentos, por favor. Não vou aceitar gente apontando o dedo para mim e me olhando torto por conta da amamentação. Da primeira vez, engoli algumas críticas. Só que pimenta no dos outros é refresco. Ninguém está na minha pele para saber o que eu passo, nem o que eu sinto. Então, graças a Deus que posso complementar a alimentação do meu filho com algo que, se não é o melhor para ele, está bem próximo de ser. 

Como bem diria Piaf: je ne regrette rien. Não mesmo!




sábado, 21 de setembro de 2013

Eu, Minha Culpa e a Cássia Kiss

Então que levei meu filho à pediatra e ela constatou o que eu já sabia: ele não engordou o que devia ter engordado desde que nasceu. Por que? Bem, segundo ela é porque meninos comem mais do que meninas, e, aparentemente, não está dando tempo do meu peito encher de leite, por isso ele não está comendo o suficiente e blá, blá, blá. Tudo isso para dizer que ele precisa de complemento e que eu preciso de um analista/psicólogo/pai de santo para me conformar com a situação. 

Estou me sentindo uma mãe com defeito. Dois filhos, dois problemas com a droga dos peitos amamentação. Já passei por isso antes, achei que seria diferente desta vez, mas nada. Cuspi na testa, como sempre. Achei que não me sentiria culpada, mas me sinto cada vez que enfio a mamadeira na boca dele. Como as outras mulheres conseguem amamentar??? Por que comigo é assim??? Só lembro da Cássia Kiss, com aqueles peitos cheios de leite, no cartaz antigo e amarelo da maternidade, fazendo propaganda sobre leite materno. Odeio a Cássia Kiss e os peitos dela. Odeio os meus peitos e a insuficiência de leite deles. Odeio lavar mamadeiras (odeio lavar louça em geral, para falar a verdade) e me recuso a dar leite em copinho de plástico, porque já fiz isso antes e se minha filha conseguia engolir 1ml era muito. O resto ficava na roupa dela. Odeio odiar tanta coisa.

Vi um documentário na TV britânica que falava que o Reino Unido tem a segunda menor taxa de amamentação do mundo. Lá, as mulheres simplesmente não querem amamentar e isso é normalmente aceito (cadê o povo evoluído dos "estrangeiros"???). Aqui, não é. Quem não amamenta é olhada como um E.T. Eu sou uma E.T.. Embora queira dar o melhor leite para os meus filhos, não consigo. Rendo-me, então à prescrição médica: peito e Nan, de três em três horas. Acho que vou me mudar para a Inglaterra para ver se me sinto uma mãe menos monstro.

Espero que meus filhos me perdoem por essa minha insuficiência "leitorífica". Espero que a Cássia Kiss me perdoe pela inveja que eu sinto dos peitos dela, cheios de leite, exibidos naquele cartaz antigo. E espero, principalmente, que eu consiga me perdoar por não ser a super mãe que eu acreditava ser.

That´s all.

domingo, 15 de setembro de 2013

Primeiro Mês

Então, meu filhote está completando um mês. Confesso que ando meio zumbizando ainda, pois as noites de sono profundo praticamente não existem. Acordar de madrugada é uma constante. Normal, filhote ainda é pequenininho e não pode passar muito tempo sem comer. Além do mais, quando ele dorme, é hora de dar atenção à filhota, que, por sua vez, é um amor com o irmão, o que faz com que eu sinta que todo esse cansaço vale a pena.

O complicado está sendo a amamentação... Achei que fosse aguentar o tranco somente com as peitcholas, mas o negócio é mais difícil do que eu pensava. Recorri ao NAN durante algumas noites, minha culpa, minha tão grande culpa. Não sei se o meu leite é pouco, ou se filhote come demais,mas o certo é que, às vezes, só o peito não dá conta, daí, a salvação é o leite artificial. Claro que eu chorei mais de uma vez por não ter leite jorrando das mamas como gostaria. Sinto culpa por usar o leite artificial, sinto culpa quando não uso e acho que estou deixando meu filho com fome, sinto culpa por tudo, o tempo todo. Coisa de mãe. Na próxima semana, vou levá-lo ao médico para saber como está o ganho de peso (para mim, ele está muito magrinho) e, então, vou saber se o leite materno está sendo suficiente ou não. Sim, estou preocupada e um pouco triste. É como se eu fosse uma "mãe com defeito", por não produzir tanto leite. Com Maria Luiza foi até pior, mas, enfim, vamos esperar a consulta para dar razão a mais lágrimas ou não.

No mais, o que posso falar é que meu amor pelos meus filhos aumenta cada vez mais a cada olhar, a cada sorriso, chorinho, troca de fraldas... A jornada de uma mãe de dois é complicada e cansativa, mas o cansaço a gente sabe que passa, com o tempo...O amor permanece. Para sempre.

E que venham os próximos meses...

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

15 de Agosto de 2013

Você chegou, meu filho. No dia 15 de agosto, pela manhã, pesando 3,810kg e medindo 52cm. Grandão, lindão, claro que me fez chorar ao ouvir seu primeiro choro, claro que me fez chorar quando lhe trouxeram para o meu lado, ainda na sala de parto. Como a vida é feita de fortes emoções, você também nos deu um pequeno susto: apresentou um cansaço depois do parto e ficou alguns minutos (que, para mim, foram longos demais) em observação.  Seu pai ia e vinha me dar notícias suas, enquanto eu me recuperava no quarto, desejando sua presença. Cogitaram a possibilidade de lhe levarem para a UTI neonatal, se não houvesse uma evolução do caso, mas havia uma torcida enorme de médicos e enfermeiras que não saíram de perto de você nenhum segundo, cuidando para que você ficasse logo bom. E foi o que aconteceu. A cena que eu não esquecerei é a de seu pai, com você no colo, entrando no quarto, seguido de pediatra, enfermeiras e mais um bocado de gente sorrindo e me dizendo que não foi preciso UTI coisa nenhuma e que você estava ótimo. E eu? Em prantos de felicidade, lógico (e levando bronquinha da médica que me disse que se chorasse o leite não descia..rs..rs).

Então, ficamos mais dois dias no hospital, junto de sua tia Zilda, que veio nos ajudar e, quando chegamos em casa, foi só festa. Não posso deixar de agradecer toda a atenção da equipe médica e de enfermagem que nos acompanharam nesses dias de internação. Fantásticos, atenciosos, amigos. Até minhas neuras de amamentação passaram, pois, com a ajuda deles, o leite realmente veio e é o que você está bebendo avidamente, todos os dias. Infelizmente, não consegui o mesmo com sua irmã, que precisou de complemento desde o início. Acho que, naquela época, não tive muita orientação e ajuda de uma equipe mais especializada como desta vez, mas não me culpo. Ela cresceu forte e saudável, graças a Deus.

Bem, a vida está meio confusa como deveria estar com a sua chegada, claro. Noites de sono curto, chorinho de madrugada, muito peito (você suga forte, viu?!) e cansaço como esperado. Mas, confesso que estou mais tranquila do que quando era mãe de primeira viagem. Tudo flui com mais naturalidade, menos medo (a gente descobre que vocês não quebram ao mais leve toque..rs). Ah, o fato de não precisar lavar e ferver mamadeiras também ajuda muito. E você, meu filho, é tranquilinho, dorme bem no berço e na cama (no sofá-cama da sala, para ser mais exata, que é onde eu me jogo com você, de madrugada, quando o sono está quase me derrubando). Sua irmã não ficava deitada nem um segundo. Só queria colo!..rs..rs

Enfim, estamos todos felizes com a sua chegada. Seja bem vindo, meu amor, meu menino. Teremos muitas aventuras para viver juntos em família. 

Com amor,

Sua mãe

domingo, 11 de agosto de 2013

Tá chegando a hora...

38 semanas, Henriquinho. Nosso encontro está cada vez mais próximo. Sua tia Zilda e sua prima Nathália chegam na próxima semana para ver você e, de quebra, me ajudar um pouquinho. Vai ser ótimo ter esse suporte nos seus primeiros dias em casa, já que a bagunça promete ser grande (como é todo nascimento de um bebê é..rs..rs). Continuo ansiosa, nervosa, etc e tal, mas com muita vontade de ter você em meus braços, saudável, feliz e cheiroso (porque não há perfume mais gostoso do que o cheiro de um filho).

Seu quartinho está pronto. Simples, como foi o da sua irmã, mas organizado com muito amor. O dela foi branco e lilás. O seu é branco e verde. Na verdade, os móveis (cômoda, bancada e berço) são os mesmos que foram da sua irmã, pois ela fez questão de emprestá-los a você. Os detalhes em verde ficam por conta do kit que comprei (abajur, porta-fralda, porta- objetos, garrafa térmica, etc). Aliás, o kit foi escolhido e comprado pelo seu pai, há meses. Como bom militar, ele ama verde e, evidentemente, essa cor fará muito parte da sua vida. Já compramos também uma linda banheira (tenho que reaprender a dar banhos em bebês..rs) e você ganhou um carrinho (preto e vermelho, Mengooo!!!) da sua irmã mais velha e madrinha, Natália e um bebê conforto que foi de Gabriel, filho de uma amiga/irmã minha (madrinha de Maria Luiza). No mais, todas as suas roupinhas estão cheirosas , lavadas, passadas e guardadas com muito carinho, prontas para sua chegada.

É isso, meu amor. Está tudo pronto, só falta você!

Beijos! Te amo!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mais Próximo a Cada Dia...

36 semanas, Henriquinho. Logo, logo, você estará aqui conosco, do lado de fora do barrigão. Confesso que não vejo a hora de ter você em meus braços. Fico imaginando seu rostinho, seu cheiro... Imagino a nova rotina da casa, a reação da sua irmã, do seu pai... Ao mesmo tempo, toda essa novidade também me assusta. Será que darei conta? Será que conseguirei ser uma boa mãe para vocês? Ah, esses hormônios da maternidade nos enlouquecem, pode acreditar. Já chorei horrores, escondida no banheiro. Por que? Sei lá. Só me dá vontade de chorar, de vez em quando. Depois, passa, tudo passa.

Também ando cansada demais. Sem ar, com dores nas costas, com as pernas pesadas, sem ânimo para muitas coisas... Fim de gravidez é cansativo mesmo. É interessante pensar em como a chegada de uma nova vida nos lembra como é a rotina de uma pessoa mais velha, pois é assim que eu me sinto. A cabeça está ótima, mas o corpo já não responde direito aos meus anseios. Primeiro, confesso que meu visual já não me agrada: a barriga é enorme, os cabelos urram por tratamentos químicos que não podem ser feitos (por enquanto), poucas roupas caem bem...Além do mais, as pernas não respondem quando quero andar mais rápido, abaixar para pegar alguma coisa é um sacrifício, dormir é uma guerra já que o ar parece não entrar nos pulmões e o corpo inteiro doi. Deve ser assim que nos sentimos na velhice. É como um aprendizado de respeito aos mais velhos, pois o corpo falha, independentemente da nossa vontade, algum dia. A preparação de uma vida nos lembra o quanto a vida é valiosa é efêmera, ao mesmo tempo.

Bem, meu filho, filosofias à parte, espero que tudo esteja direitinho aí por dentro. Sei que o espaço já está bem reduzido e que nosso encontro está cada vez mais próximo. Então, meu amor, saiba que você já é muito bem vindo e que todos nós estamos ansiosos pela sua chegada.

Beijos, sua mãe.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Coisas de Malu

Maria Luiza, brincando com um amiguinho em João Fernandes, praia de Búzios-RJ:
- Mãe, o nome dele é Lucas, mas não é o Lucas da minha escola.
-Ah, é filha? Na sua escola, tem um Lucas também?
-Tem, sim, mamãe. É o Lucas Rosa (evidentemente, "Rosa" é o sobrenome do garoto).
-Legal, filha.
-Mãe?
-Oi, amor.
-Se na minha escola tem o Lucas Rosa, então...esse daqui...deve ser o Lucas azul, né?!

#maeseacabandoderir

terça-feira, 2 de julho de 2013

Das Coisas Que Eu Não Quero Esquecer...

Maria Luiza, com a mão na minha barriga, sentindo o irmão mexer:
-Mãe, ele tá jogando basquete dentro de você???

...

Depois de um tempo, olhando para a minha barriga quieta, perguntou:
-Mãe, ele tá chutando você?
-Não, filha, agora não. Deve estar dormindo.
-Ei, Henriquinhoooo!!! Acorda para jogar futeboool!!!

...

Pouco tempo depois de ter levado uma bronca minha:
-A mamãe hoje tá que tá!

...

Eu, tentando me levantar, com o barrigão.
-O que foi, mamãe?
-Estou tentando me levantar, filha, mas está difícil.
-Vem, eu te ajudo ( e segurou minhas mãos, tentando me levantar).
-Obrigada, meu amor.
-De nada. E quando você ficar velhinha, vou te levar para passear comigo.
-... (lágrimas nos olhos e sorriso bobo no rosto= EU)

...

Ela, olhando para os pingentes que ganhei de Dia das Mães (um menino e uma menina), que agora sempre trago no pescoço:
-Mãe, esta sou eu, e este é o meu irmãozinho?
-Isso, filha.
-Mãe?
-Fale, meu amor.
-Você agora tem uma "pincesa" e um "píncipe". Eu e meu irmãozinho.

...

Muitas lembranças ainda para serem contadas, muitas outras que ainda virão, e eu aqui, esperando que, um dia, vocês dois, meus filhos, possam ler tudo isso. Registros da nossa história.

Com amor.

Mamãe.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Antes do Irmão Chegar...

Maria Luiza está com uma manha sem fim. Muito sensível, chora se os amiguinhos do colégio não querem brincar com ela, se não consegue logo algo que quer... É um choro doído, calado, sentido. Eu confesso que morro um pouco a cada vez que ela fica assim. Vontade de colocar no colo e não tirar nunca mais. Sim, eu sei que faz parte do amadurecimento, mas sei, também, que é influência da chegada do irmão.

Recentemente, passamos por dois dias de regressão: xixi e cocô nas calças. Tive paciência, expliquei que ela já havia passado daquela fase, perguntei o que estava havendo e tentei entender. Passou. Ela me disse que é uma mocinha e não vai mais fazer aquilo. Ao mesmo tempo, noto que está mais grudada comigo: beija, abraça, agarra, diz que eu sou linda...  Uma fofura. O pai, viajando há uma semana, também faz muita falta. Ela pergunta por ele o tempo todo. Diz que vai "amassá-lo" quando ele chegar.

Fico feliz com todo esse carinho que ela vem demonstrando, mas também fico preocupada. Será que isso é medo de perder nossa atenção? Provavelmente. Eu converso com ela sobre o irmão, como vai ser legal tê-lo conosco, para brincar, passear... Ela fica contente. Diz que vai me ajudar com ele, colocá-lo no colo, levar ao colégio, ensiná-lo a falar, correr, usar o vasinho... Acho graça, acho lindo, fico emocionada, já imaginando todas essas cenas.

Acho que fizemos a escolha certa ao decidir ter mais um filho. Embora seja tudo essa confusão de sentimentos para o filho mais velho, tenho certeza de que a experiência de caminhar junto a um irmão pela vida é muito válida (todos os pais de segunda viagem que conheço confirmam isso). A amizade, a cumplicidade, as brigas, enfim, a convivência será muito boa para ambos. Para mim, particularmente, sei que o cansaço será maior, a responsabilidade nem se fala, mas o retorno é  ter mais beijos para ganhar, mais abraços, mais sorrisos, mais uma voz me chamando de "mamãe" (adoooro!) e mais uma mãozinha para segurar na hora de dormir.

Que seja assim. 


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Pensando em Você

Todos dormem em casa, e eu aqui, sem sono, gripada e pensando no futuro próximo. Mais exatamente, pensando em você, Henrique, meu filho. Sentir você me chutar é um prazer, mesmo quando dói um pouquinho. Não, não gosto de sentir dor, mas, amo saber que você está bem, quando se revira em minha barriga (e que barriga!). 

Aos sete meses, já chegou a hora de lavar suas roupinhas, passar, organizar tudo, exatamente como fiz quando esperava sua irmã. Isso é algo que me deixa imensamente feliz. Adoro tocar seu enxovalzinho e imaginar você vestindo cada bodyzinho, macacão, camisetinha... Penso no seu rosto... Com quem se parece? Algo me diz que será mais parecido com seu pai (ou não?!). Tenho uma foto de seu pai criança e deve ser por isso que me vem essa sensação.

Bem, além da ansiedade pela sua chegada, também sinto medo, o que é comum a todas as mães, ou pelo menos, à maioria delas. Medo de quê? De não ser uma boa mãe, de faltar em algum momento, de não saber lhe entender ou de não ser entendida... Ah, de tantas coisas! Acho que eu exijo demais de mim, como mãe, tanto com relação a sua irmã, quanto, agora, com relação a você. Quero participar de tudo, fazer tudo, ser onipresente. Mas, isso existe? Claro que não. É impossível ser tudo ao mesmo tempo, e eu tenho que aprender a me cobrar menos e a relaxar mais. Você me ajuda, meu menino? Desculpe se eu falhar, se eu errar, se eu não for perfeita. É que eu não sou mesmo. Sou só alguém muitíssimo feliz pela família que construí. Deus me abençoou muito quando colocou seu pai, sua irmã e você na minha vida. Família é tudo, meu amor. Essa é a lição que eu aprendi com meus pais (que também já te amam desde sempre) e que eu gostaria de ensinar a você. 

Te amo e te espero, meu pequeno.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Eis que Surgem os Ciúmes...

E então que houve o chá de bebê... Foi legal. Parentes, amigos... É verdade que faltou muita gente que foi devidamente convidada (algumas que eu sabia que não iriam mesmo), o que me deixou um pouco triste. Ok, ok, claro que queria ganhar presentinhos lindos e fofos para o baby, mas havia muito mais além disso: eu queria mesmo era expandir minha felicidade com pessoas queridas. Pena que nem todas entenderam esse objetivo. Marido disse que é porque a gente mora longe e essas pessoas não estão mais habituadas a nossa presença. Bobagem. Sei de gente que faltou por razões justas, e de gente que faltou só por faltar mesmo. Senti uma pontinha de decepção, confesso. Mas tudo passa...Ou não, né?! De repente, me deu uma vontade de esquecer a existência de certas pessoas... Vingancinha básica de vez em quando é bom, porque eu sou humana e cheia de defeitos. E está dito!

Bem, mas, o que doeu mesmo foi ver os olhinhos de Maria Luiza brilharem ao verem as pessoas carregando presentes que, evidentemente, ela sonhou serem para ela. Mas, não eram. Eram para o irmãozinho. E ela, no auge dos seus três aninhos, sentiu ciúmes pela primeira vez. Não disse nada, mas eu vi nos olhos dela tudo que estava se passando em sua cabecinha. Foi triste e doído, e eu queria, de repente, arrancar aquele sentimento da minha pequena. Abracei, beijei, disse que ela era minha princesa e que, logo, logo, ela também ganharia presentes. Enfim, uma das convidadas, graças aos céus, trouxe um brinquedinho para ela, o que salvou a pátria. O sorriso voltou aos lábios da minha menina e, lógico, encheu de alegria o coração desta mãe que vos fala.

Ser mãe de dois não é fácil... Meu coração já está dividido, mas com muito amor para cada um dos meus pequenos. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Celebrar é Preciso

Na próxima semana, eu Maria Luiza e Henriquinho (no bucho) viajaremos para o querido Nordeste para rever a família. Aproveitaremos para fazer o chá de bebê de Henriquinho, exatamente como fiz quando estava grávida da filhota. É sempre bom compartilhar momentos de felicidade com pessoas próximas, amigos, parentes, aqueles que querem o nosso bem. 

A chegada de um filho é um momento que deve ser comemorado, e eu gosto de comemorações. Na verdade, não é a festa em si que me importa, mas o simbolismo que ela carrega. Acredito que felicidade deve ser comemorada, celebrada, compartilhada. Pena que nem todos pensem assim .

 Gostaria de haver celebrado outros momentos de felicidade durante minha vida, mas, infelizmente, não foi possível. Não dependia só de mim. Inevitavelmente, isso deixou uma lacuna, um momento que ficou marcado pela ausência de lembranças, fotos, sorrisos. E o tempo não volta, não é?! Certas coisas perdem o encanto, certos momentos não vividos prescrevem... Mas, deixa para lá. Este é um post sobre felicidade, e eu já sou uma pessoa feliz por haver sido escolhida como mãe de meus filhos. Se outras coisas não aconteceram, paciência. Faz parte do caminho que eu aceitei seguir.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Um Pingo de Azul na Minha Vida

Então, tá, que o dia da morfológica chegou. Ansiosa, ansiosa, ansiosa. Na gravidez de Maria Luiza, não fiz esse exame. O médico do ultrassom disse que não fazia. Ok, tudo bem. Desta vez, o exame foi pedido (acho que é porque já estou com mais de 35 anos, sei lá). Enfim, fomos lá, eu e marido. O Dr. do ultrassom foi muito simpático, mas, também, misterioso. Perguntou se eu já sabia o sexo do bebê. Eu disse que não, mas, que, no exame anterior, o outro médico achava que era uma menina, então, já havíamos escolhido até o nome: Gabriela (o que causou muito polêmica na família, melhor nem comentar). Na verdade, a minha preocupação era mais se estava tudo bem como o baby, do que saber se era menino ou menina. De todo jeito, ele disse que só ia me dizer no fim do exame. Ok, ok, sem pressa.

Marido, pela primeira vez, se emocionou ao ver a imagem do nenê na tela do computador (e eu me emocionei vendo aquele homem tão grande e todo trabalhado na vida militar lacrimejar). Claro que, depois, ele fungou, dizendo que aquilo era só "gripe" (jura? Faz de conta que eu acredito!..rs..rs). Bem, a notícia boa é que, sim, está tudo ótimo com o nenê. Todas as medidas certinhas, tudo direitinho. Porém, contudo, todavia...houve uma novidade... Gabriela não virá. Quem está no meu barrigão é um meninão! Pois é, no fim do exame, o médico mostrou na tela "as joias da família"..rs..rs O outro Dr. errou feio! E lá vamos nós na deliciosa aventura de criar um garoto! Henriquinho vem aí! Foi uma surpresa. Acreditávamos que era mesmo uma menina. Na verdade, quando engravidei, achava que era um menino, mas não por conta de intuição (sou péssima nisso), mas, sim, por causa da data de ovulação, essas coisas (não, eu não planejei nada, só fiz as contas de cabeça, depois do fato consumado). Quando veio a primeira notícia de que era menina, achei que esse negócio de data era papo furado, mas não é que o negócio faz sentido?! Ao menos, no meu caso, fez. 

Sim, estamos muito felizes (estaríamos independentemente do sexo, que isso fique bem claro), mas quem mais gostou da notícia foi Maria Luiza que, desde o início, queria um irmão. Ela não aceitava muito bem a possibilidade de  ter uma irmã e, mesmo quando eu dizia que provavelmente era outra meninina, ela rebatia: "Não, mamãe. Quem tá aí é o meu irmão!". Pois é, ela sabia. Sempre soube. Intuição de criança, que funciona melhor do que qualquer ultrassom do mundo.

E o meu mundo passa a ter um pingo de azul agora. Mãe de menina e de menino. Simplesmente mãe, doida de amor pelos filhotes. Sempre.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Eu Critico, Tu criticas, Nós Criticamos...

Mãe é bicho que nasceu para ser criticado, viu?! Criticam o nome que você escolheu para seu filho, se seu parto foi normal ou se fez cesariana (neste caso, o apedrejamento é certo!), se não conseguiu amamentar o rebento até ele ir para a faculdade, se demorou para desfraldar a criança (sempre tem aquele conhecido mirim super dotado que foi desfraldado aos nove meses de idade), etc e tal. E as críticas, na maioria das vezes, são provenientes de mulheres (só para variar). Mulheres que já são mães, que ainda serão ou mesmo aquelas que nem querem ser. E tudo parece tão simples nessas críticas... Como se houvesse um roteiro de maternidade a ser seguido por todas. Antes, me irritava demais com essas coisas. Agora, na segunda gravidez, acho graça. A maternidade é algo extremamente complexo e totalmente diferente para cada mulher. O "ser mãe" é algo tão superior a todas essas coisas... É mais mãe aquela mulher que passou horas e horas esperando uma dilatação respeitável (ui!) e que, depois do parto, entregou o bebê para ser criado por babás e trezentas empregadas ou aquela que gerou o filho no coração e não no ventre, mas que daria a vida por ele sem pensar duas vezes? Há de se pensar. E eu continuo achando graça das críticas que ouço por aí... E, confesso, sentindo um pouco de pena também.

segunda-feira, 25 de março de 2013

18 Semanas

Seu bebê
Ele cresceu pra valer. Está pesando cerca de 150 g e mede 14 cm - é quase o dobro do tamanho registrado 15 dias atrás. O coração continua batendo em ritmo acelerado, cerca de duas vezes mais rápido do que o da mamãe. Quanto ao sexo do bebê, se você ainda tem dúvidas, o mistério acabará em breve. A partir desta semana, será bem mais fácil visualizar os órgãos genitais no ultrassom. Se for uma menina, saiba que o útero e as trompas dela já estão formados. Se for menino, seus genitais podem ser vistos com mais nitidez. Mas talvez o bebê não colabore muito na hora do exame, ficando de lado, meio tímido. Eles são assim mesmo.
Sua gravidez
Ansiosa para a próxima consulta ao obstetra? Para a maioria das gestantes, a resposta é sim. Ir ao ginecologista ou fazer um ultrassom são momentos mágicos na rotina da gestante. Afinal, é delicioso ter uma hora inteirinha para falar sobre a gestação ou ver o bebê, ainda que em branco e preto e por meio de uma imagem borrada. Mesmo assim, os médicos advertem: um ultrassom por trimestre e uma consulta por mês são mais do que suficiente. Exceção para as gestantes com diabetes ou problemas cardiovasculares, que precisam de um acompanhamento mais constante. O único momento menos excitante durante a consulta médica é quando se sobe na balança. Falando nisso, como anda o seu peso? Será que você comeu mais do que deveria ou está inchada? Nos dois casos, preocupe-se em hidratar a pele para que ela tenha elasticidade para esticar e não formar estrias. Cuide-se para ser uma bela e jovem mamãe.

Fonte: bebe.com.br

E o tempo está passando... Rápido, é verdade. A segunda gravidez é mais tranquila (mais ou menos) na cabeça de uma mãe de segunda viagem. O que não muda é a preocupação sobre se o bebê está bem, se está se desenvolvendo normalmente, etc. Mas, a neura da primeira gravidez não existe. Por exemplo, na de Maria Luiza, eu entrava em pânico quando ouvia mães mais experientes dizendo que sentiam o bebê mexer desde a 16 semana, e eu não sentia nada. Na verdade, eu sentia, só não sabia o que era. Parecia ronco de fome, borboletas no estômago, gases, etc. Mas, já era ela mexendo. Agora, posso dizer de peito aberto que já sinto o bebê mexer desde a 16 semana também (entrei para o clube das trabalhadas na maternidade, oba!). Os ronquinhos e borboletas estão aqui, na minha barriga, e não são gases e nem fome, mesmo porque eu como feito uma desesperada (isso não muda de uma gravidez para outra..rs..rs).

No mais, é tudo mais tranquilo mesmo. Acho que é porque a gente já sabe o que vai acontecer: olhos de panda, sono, noites sem dormir, chorinho de madrugada, muita fralda suja, mais sono, leite pingando do peito, visual de refugiada de guerra, sono, sono, sono... e aquele amor incondicional, absurdo, único, absoluto que cresce mais e mais a cada dia e que nos faz entender que toda essa bagunça, no fim das contas, dá certo e que tudo vale muito a pena.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Um ultra para chamar de meu

Então, que fomos ao médico, na semana passada para fazer a ultra. Muita ansiedade como sempre, desejo de que tudo estivesse certo... Graças a Deus, tudo bem. Bebê direitinho, dentro dos padrões de tamanho e peso, batimentos cardíacos (adoro ouvir!), etc e tal. Mas, e o sexo??? Nada de ver. O baby resolveu ficar de bunda pra cima e com as pernas fechadas. Criaturinha misteriosa esta que carrego nas minhas entranhas, viu?!

Respeito as mulheres que só querem saber o sexo do filho(a) na hora do nascimento, mas eu não sou assim. Não é questão de preferência. Nada a ver. Menino ou menina não importa para mim e nem para maridex. Mas, é claro que queremos saber o sexo para poder começar a chamar a barriga pelo nome, para programar o chá de bebê, para fazer compras em cores femininas ou masculinas (sim, porque embora, em tese, não exista essa diferenciação de cores, eu não me vejo saindo da maternidade com meu filho enrolado numa manta rosa ou minha filha numa manta azul. É que recém nascido parece tudo igual, então tem que dar uma diferenciada no colorido para o povo saber se você está carregando um menino ou uma menina). Porém, naquele dia, só consegui arrancar do médico uma "possibilidade" de ser uma garotinha. Mas, ele foi enfático em dizer que não tinha certeza e que teríamos que esperar até a próxima ultra para confirmar. Saí de lá meio frustrada. Queria uma afirmação: "Sim, é uma princesa!"; ou "Sim, é um príncipe". Mas, essa droga de "talvez" é que me mata. Terei que amargar mais algumas looongas semanas de espera até a próxima ultra, sem saber se, dentro de mim, está o Henrique ou a Gabriela (eu e maridão decidimos por esses nomes, depois de quebrar muito a cuca, imaginando como será nosso lindo filhote ou filhota).

No mais, a melhor notícia é que está mesmo tudo bem comigo e com o bebê. Continuo sem sintomas, nem enjôos, só umas tonturazinhas de vez em quando, mas nada demais. Ah, e, claro, sou a feliz proprietária de uma fome feroz. Essa é uma das coisas boas da gravidez: comer sem culpa (mas sem exageros, of course). 

E eu encerro este post pensando que eu adoraria ter, em casa, um aparelho de ultrassom. Assim, poderia ver meu bebê a hora que quisesse e bem entendesse. Mas, infelizmente, coisas assim ainda não estão a venda no canal de telecompras. Infelizmente.


terça-feira, 5 de março de 2013

O Bebê no Umbigo

É engraçado e difícil ao mesmo tempo explicar para Maria Luiza que ela terá um irmãozinho ou irmãzinha. Da primeira vez que falei, ela me olhou com aquele jeito de "essa doida é mesmo minha mãe?!". Tipo assim, sobrancelha esquerda levantada, meio sorriso nos lábios e aquele ar de quem conhece todos os segredos do Universo. Só faltou falar: " O que você andou bebendo, mãe?".

Pois é, ela olha minha barriga e nota que ela está crescendo, mas não aceita que exista bebê algum ali dentro. Dia desses, ela disse que o "irmão" estava na barriga dela, mais exatamente no "bigo" (= umbigo). Na minha, como sempre, não havia nada. E, agora, ela me pergunta o tempo todo quando é que eu vou poder carregar peso, porque já notou que eu evito esforços físicos demasiados (nem sempre, pois, às vezes, parece que baixa uma estivadora em mim). E pede colo... E eu dou colo, já que é impossível resistir àquela carinha de tristeza, de nenê, de carência. Logo em seguida, a carinha de tristeza passa e ela me vem com um sorridente: "Agora você já pode pegar peso???"

É assim que as coisas vêm acontecendo ultimamente. Ao mesmo tempo que nega o bebê dentro de mim, ela tenta ganhar mais terreno comigo. Só dorme na minha cama agora (logo eu, que me orgulhava em dizer que minha filha dormia no próprio quarto desde o nascimento, agora "compartilho" a cama com ela). Não, eu não acho isso legal. Continuo achando que os pais devem dormir numa cama, e os filhos em outra. Cada macaco no seu galho, mas, porém, contudo, todavia...O que fazer agora? Medo danado que ela se sinta rejeitada porque outro nenê está chegando. Então, como ser mãe é cuspir para cima e acertar na testa, acho que meu quarto vai virar uma tenda dos milagres, com marido, filhota e filhotinho(a), tudo junto e misturado. Seja o que Deus quiser!

E a última da semana, foi a pequena dizendo que não quer uma irmã (sim, porque eu insisto no assunto. Delicadamente, mas insisto. Mereço pedras???). Ela só aceita um irmão. Macho, menino, homenzinho. E outra coisa, não pode ser bebê. Tem que ser "gande" (=grande), para brincar com ela. E, então, o que fazer além de esperar as cenas dos próximos capítulos? Ai, ai, o que me espera....

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Novidades...

Então, que faz séculos que não escrevo aqui...Ao menos, é assim como me sinto. Na verdade, muitas coisas aconteceram desde o último post... Emoções diversas, algumas boas de sentir, outras boas de esquecer; viagem de férias para Recife, de carro, passando e parando em vários lugares deste país imenso (Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraíba...); encontros e desencontros em família; mas, nada, nada mesmo, foi mais surpreendente ou emocionante do que descobrir o que eu descobri exatamente no último dia do ano passado. Adivinha??? Bem, vamos começar pelo início (evidentemente). Na  verdade, a "descoberta" surgiu por conta de um imenso pedaço de torta de chocolate que eu devorei num shopping de Recife, sob o olhar descrente do meu marido. Saindo de lá, ele, muito seguro em suas palavras, olhou para mim e disse: " Você está grávida". E eu, naquela de "claro que não". Tudo bem, aceitei a insistência dele em comprar o exame de farmácia, mas, mesmo assim, eu sabia que não estava grávida coisa nenhuma. Esqueci o exame na bolsa por uns dias, até que, no dia 31 de dezembro de 2012, acordei e lembrei do dito cujo. Fui ao banheiro e, minutos depois, lá estavam as duas linhas cor-de-rosa olhando fixamente para mim. Vi, revi, virei de cabeça para baixo, balancei, mas elas não sumiram. Acho que passei uma eternidade no banheiro, pois, quando abri a porta, todos já estavam acordados (sim, eu havia me levantado antes do resto da casa). E aí, não teve jeito, eu estava com a fitinha de xixi na mão e as linhazinhas cor-de-rosa ficaram visíveis a todos. Todo mundo feliz, marido, pai, mãe, irmã e minha sobrinha que, do jeito dela, só disse que eu era " louca". 

Bem, eu acho que me senti meio perdida com a notícia. Feliz, mas perdida. É que eu esperei essa notícia por seis meses, depois desisti. Voltei a tomar remédio. Depois, desisti de desistir, mas o médico me disse que "já era": agora, eu teria que esperar uns três meses, tomando outra pílula para regularizar a menstruação, para, só então, tentar novamente. Esperei os três meses, mas decidi só tentar até o fim do ano, pois já me sentia idosa demais para gerar uma criança no ano seguinte. Então, relaxei, aceitei o fato de ser mãe de uma só. Claro, porque se, em seis meses, não deu certo, é claro que em três o negócio não funcionaria. Funcionou. Estava grávida. Mesmo assim, fiquei no limbo da descreça por um tempo. Será que estava mesmo? Fiz mais dois exames de farmácia (sem contar a ninguém) e foram positivos. Ok, ok, era verdade (???).

Passaram-se semanas, as férias acabaram, voltamos para o Rio, mas nada de sintomas. Cadê os enjôos que eu senti na primeira gravidez??? Só sentia um cansaço exaustivo (normal para quem é mãe de criança pequena, não é?!). Comecei o pré-natal... O médico muito atencioso, falou e falou milhares de coisas para mim, mas na, minha cabeça, eu ainda não acreditava. Meu marido disse que ou eu estava grávida, ou com algum problema, porque a barriga estava crescendo. Enfim, confesso que, até o dia da ultra, ainda não tinha a certeza absoluta dentro de mim. Eu queria sentir os enjôos! Eu queria os sintomas, a vontade maluca de fazer xixi o tempo todo, as tonturas... Mas, nada, nadinha acontecia. Só a barriga crescendo e o cansaço. Até que...

Chegou o dia da primeira ultra (logo a TN, aquela que dá um nó de desespero na cabeça de toda mulher). Deitei na maca, dentro do consultório e comecei a tremer. Marido rindo, Maria Luiza correndo de um lado para o outro, o médico preparando o aparelho, e eu tremendo. Quando começou, marido e médico ficaram calados, olhando para a tela, que eu não conseguia enxergar. Pronto, foi o suficiente para eu esperar que eles dissessem: " É, não tem nenhum bebê aqui". Mas, o médico, de repente, virou a tela para mim e disse: "Olha aqui o seu bebê". E lá estava ele, tão pequenininho se mexendo, inquieto, dentro de mim. Em seguida, o som do coração tomou conta do consultório e eu me vi chorando, emocionada, tremendo ainda, mas de felicidade.

Agora, eu sei que é verdade. É oficial. Eu acredito. Eu estou grávida! Já com quase 15 semanas. Segundinho ou segundinha vem aí! É a vida que segue. Sou eu aprendendo a ser mãe de novo. A ser grávida de novo (desta vez, sem sintomas). Sou eu aprendendo e retomar este blog para contar essa nova aventura da chegada de mais um grande amor da minha vida. É este blog precisando mudar de nome. Agora, é para VOCÊS, com amor, meus filhos, meus amores, minha vida.