sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Minha Vencedora!

Filha, inscrevi você no concurso do bebê Jonhson & Jonhson. Para mim, de todos os bebês inscritos, você é, de longe, a mais linda. Cada mãe ali deve achar o mesmo de seus bebês. É que nós, mães, somos assim, meu amor: corujas ao extremo.

Bem, o concurso atual não é mais como o de antigamente, onde as fotos eram escolhidas por uma comissão de julgamento ou coisa parecida. Agora, as fotos ficam na internet e são os votos dos internautas que escolhem os bebês. Bem, como sua mãe não tem uma rede de amigos muito grande, é certo que você, infelizmente, não ganhará o concurso, ainda mais porque o bebê que está em primeiro lugar já tem mais de mil votos. Mas, quer saber, meu amor? Isso nem importa. Eu coloquei sua fotinho no site por pura farra mesmo. Para mostrar à família, aos amigos e a quem interessar possa o quanto lhe acho fantástica. O legal é que muita gente votou ( e continua votando) em você, divulgando para os conhecidos e etc. Uma campanha "vote em Malu" foi iniciada por pessoas que lhe amam, mesmo de longe. Muitas delas, inclusive, só lhe conhecem por meio de fotos mesmo. E meu ego de mãe fica inflado, do tamanho do mundo, quando elas me escrevem dizendo que você é linda, muito linda, mais do que linda! E é claro que eu concordo plenamente, porque mãe, além de coruja, também não é nada modesta, meu amor.

E quer saber? Para mim, você já nasceu um bebê Jonhson. É seu direito, com concurso ou não. Porque você é linda, maravilhosa, tem um sorriso que ilumina tudo e, principalmente, porque representa o que fiz de melhor e mais bonito na minha vida. Para mim, você sempre estará em primeiro lugar, lindona.

Te amo, vencedora do meu coração!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A Calmaria e a Manha

Minha filha,

Depois da tempestade, veio a calmaria. Você está ótima! Voltou a comer direitinho, apesar de ainda estar um pouco magrinha. Na verdade, você nunca foi gordinha. Sempre ficou na média do peso (meu sibitinho lindo), mas, depois do que passou, perdeu uns quilinhos. Mas, tudo bem, nada que não possa ser recuperado.

O que importa mesmo, filha, é que você está (é) feliz! É agitada, muito curiosa, só quer ficar de pé o tempo todo, adora fazer "besourinho"com a boca, balança a cabecinha dizendo "não"...Ah, e você dança, meu amor! Não pode escutar música que começa a se balançar, agachando e levantando, a coisa mais linda do mundo! Eu e seu pai nos derretemos a cada uma dessas suas gracinhas. E eu, particularmente, mesmo depois de nove meses, ainda me surpreendo imaginando que você saiu de dentro de mim. É mágico, meu amor! Do tipo de magia que jamais acabará.

Mas, como nem tudo são flores, preciso entregar que a senhorita também anda fazendo uma certa manha quando me vê... Reclama se eu passo por perto e não lhe pego no colo, chora se me vê sair de casa, larga qualquer coisa ou pessoa para vir para os meus braços... Na verdade, eu amo saber que você gosta tanto de mim assim, meu amor, mas não quero que fique dependente da minha presença. Algumas vezes, eu vou mesmo precisar sair de casa para resolver algumas coisas ou, até mesmo, me divertir e não quero que você sofra com isso. Ver você chorar, arrebenta meu coração, filhinha. Sei que devo ser forte para não incentivar essas crises de manha, mas é bem difícil (e ninguém me disse que seria fácil, na verdade).

Talvez, esse seu recém ataque de manha ainda seja reflexo do que passamos juntas. Durante aqueles momentos complicados, na maior parte do tempo, éramos só nós duas. E mesmo depois, durante sua recuperação aqui em casa, ficamos juntas o tempo todo. Acho que nos aproximamos mais ainda. Na verdade, eu preciso também assumir minha parcela de culpa: eu costumo concentrar em mim tudo o que tem a ver com você. Seu pai já me alertou quanto a isso, mas eu ainda preciso aprender (e aceitar) a soltar mais os laços que nos unem. Romper jamais, porque isso é impossível, mas afrouxar os nós, para abrir espaço para outras pessoas se aproximarem e, claro, para que você possa seguir seu caminho de forma mais independente.

Ser mãe é um contínuo aprendizado, minha vida. Difícil como tem que ser, mas muito, muito, MUITO especial.

Beijos!