terça-feira, 5 de março de 2013

O Bebê no Umbigo

É engraçado e difícil ao mesmo tempo explicar para Maria Luiza que ela terá um irmãozinho ou irmãzinha. Da primeira vez que falei, ela me olhou com aquele jeito de "essa doida é mesmo minha mãe?!". Tipo assim, sobrancelha esquerda levantada, meio sorriso nos lábios e aquele ar de quem conhece todos os segredos do Universo. Só faltou falar: " O que você andou bebendo, mãe?".

Pois é, ela olha minha barriga e nota que ela está crescendo, mas não aceita que exista bebê algum ali dentro. Dia desses, ela disse que o "irmão" estava na barriga dela, mais exatamente no "bigo" (= umbigo). Na minha, como sempre, não havia nada. E, agora, ela me pergunta o tempo todo quando é que eu vou poder carregar peso, porque já notou que eu evito esforços físicos demasiados (nem sempre, pois, às vezes, parece que baixa uma estivadora em mim). E pede colo... E eu dou colo, já que é impossível resistir àquela carinha de tristeza, de nenê, de carência. Logo em seguida, a carinha de tristeza passa e ela me vem com um sorridente: "Agora você já pode pegar peso???"

É assim que as coisas vêm acontecendo ultimamente. Ao mesmo tempo que nega o bebê dentro de mim, ela tenta ganhar mais terreno comigo. Só dorme na minha cama agora (logo eu, que me orgulhava em dizer que minha filha dormia no próprio quarto desde o nascimento, agora "compartilho" a cama com ela). Não, eu não acho isso legal. Continuo achando que os pais devem dormir numa cama, e os filhos em outra. Cada macaco no seu galho, mas, porém, contudo, todavia...O que fazer agora? Medo danado que ela se sinta rejeitada porque outro nenê está chegando. Então, como ser mãe é cuspir para cima e acertar na testa, acho que meu quarto vai virar uma tenda dos milagres, com marido, filhota e filhotinho(a), tudo junto e misturado. Seja o que Deus quiser!

E a última da semana, foi a pequena dizendo que não quer uma irmã (sim, porque eu insisto no assunto. Delicadamente, mas insisto. Mereço pedras???). Ela só aceita um irmão. Macho, menino, homenzinho. E outra coisa, não pode ser bebê. Tem que ser "gande" (=grande), para brincar com ela. E, então, o que fazer além de esperar as cenas dos próximos capítulos? Ai, ai, o que me espera....

Um comentário:

  1. Oi Sheila, bom dia , estou ciente do aumento da familia, e vai os meus parabéns, no inicio é normal um pouco de ciúme, depois vai se acostumando,o importante é ela tomar parte de tudo, pedir conselhos até se for preciso, tudo que comprar para o nenê ela participar, vc vai ver que não é difícil, e toda mãe nasce com esta sabedoria, a natureza está aí mesmo para ajudar.
    Parabéns mais uma vez aos papais. Um abraço para todos e um beijinho na princezinha.
    Celina

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