quinta-feira, 24 de julho de 2014

Reflexões

Então que eu escrevo a conta gotas. É verdade. Sempre acho que vou ter tempo para vir aqui, mas vou adiando, adiando... Quando vejo, meses se passaram e tanta coisa aconteceu... Henriquinho, por exemplo, aos onze meses, começou a andar. E é uma graça ver aquele pingo de gente, serelepe, descobrindo cada cantinho da casa. Maria Luiza, por sua vez, me surpreende com suas frases bem elaboradas e cheias de criatividade infantil. Uma linda! Só existe algo que me preocupa: está roendo as unhas escondida. Ainda não flagrei o ato, mas sei que ela está fazendo, pois as bichinhas (as unhas) estão em petição de miséria de tão roídas. Isso foi por conta do nascimento do irmão. Antes, ela não tinha o hábito. Eu, sinceramente, não sei o que fazer. Só sinto culpa. Coisa de mãe.
 
Há um mês, estivemos em Macapá, para o casamento da irmã mais velha dos meninos. Maria Luiza foi daminha e amou cada segundo, desde a preparação no salão, até a entrada triunfal ao som de "Let it go", do Frozen. Henriquinho estava de colete e gravatinha borboleta. O pai de meio-fraque. Eu de madame. Contratamos uma babá para a festa e eu pude respirar um pouco e ter um dia de princesa, longe de mamadeiras e fraldas sujas. Foi ótimo, necessário e salvou minha sanidade mental que andava bem abalada por conta de muitos pensamentos e questionamentos por conta desse casamento. Nada contra os noivos, que são uns amores. Coisa minha mesmo, algumas amarguras presas na alma que me assombram, às vezes. Coisas que remetem ao início do meu próprio casamento e que ainda me incomodam. Tudo tomou proporção desmedida por conta desse evento, mas o que importa é que ocorreu tudo em paz. E foi um lindo casamento. Já disse que adoro casamentos? Adoro. Espero que Maria Luiza queira se casar um dia, com tudo que tem direito. Acho que é o sonho de toda mulher, mesmo das mais moderninhas que dizem que "não, não pensam nisso". Pensam.  Pena que não adianta apenas sonhar... Eu sou ótima em sonhos. Ou era, sei lá. Bem, esquece.

Também fomos a Recife, só eu e os meninos. O pai, trabalhando. A viagem de avião foi uma aventura, tanto a ida quanto a volta. Problemas antes do voo, atrasos em escalas, aeromoças chatas e tudo isso coroando meu momento "mãezona que viaja longas distâncias sozinha com dois filhos pequenos". Pode me chamar de doida. Eu sei que sou. Mas, valeu a pena. Os dias passados na casa de meus pais foram preciosos. Voltei mais leve, mais viva. Estava precisando dar um tempo de Manaus. Nada contra a cidade. Tem tudo aqui, é uma cidade grande, bacana, bonita. Mas, eu ando de mau humor, sei lá por quê. Confesso que o calor é um fator que me irrita um pouco. É muito quente, abafado, mais do que qualquer outro lugar que já tenha conhecido ou morado. Nesse ponto, a adaptação tem sido bem difícil. Os meninos também sofrem um pouco, mas acho que, para mim, a questão é ainda pior. Estou tentando domar meu humor, melhorar o astral, conhecer mais a cidade, falar com as pessoas... É um processo, eu sei. Mas, como disse, os dias passados em Recife foram essenciais para recarregar minhas energias. Estou disposta a tentar superar os problemas com mais vontade. Bola pra frente!
 
No mais, meu foco é terminar o curso chato que comecei ainda no Rio, organizar os aniversários dos meus pimpolhos, começar a trabalhar (promessas existem) e viver da melhor forma possível. O mundo não para por conta dos meus chiliques, nem pelas coisas que eu não tive e gostaria de ter tido. Muito menos para por causa das coisas que foram ou não foram ditas ou dos sonhos de menina que eu não realizei. O mundo gira, muito, o tempo inteiro. Giremos com ele e sejamos felizes.

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