sábado, 20 de março de 2010

Oi, Bebê!

Filhinha, mamãe não tem jeito mesmo... Dias e mais dias sem escrever neste diário... E há tanto para contar! Mas, vamos lá, não adianta ficar só lamentando.

Bem, estamos em Belém, morando em um apartamento muito bom, em frente a uma praça linda, linda. Seu quarto está montadinho e, apesar de ter ficado bem bonito, ainda não era bem o que eu queria para você. Queria paredes brancas, mas o pessoal da manutenção as pintou de creme. Outra coisa chata foi que sua poltrona não coube no espaço do quarto, por isso, tive que colocá-la no escritório. Uma pena, porque adoro ficar com você naquela poltrona. Mas, para compensar essa situação, compramos uma persiana lilás para sua janela. Ficou bem delicadinho e bonito. E eu ainda vou colocar seus quadrinhos na parede, além de algumas prateleiras para os seus brinquedinhos.

Você, agora, gosta de dormir no berço, o que antes não acontecia (só queria o bebê conforto). Então, na primeira parte da noite, eu lhe coloco no seu quartinho e, bem mais tarde, eu lhe levo para o nosso quarto, para dormir no berço desmontável que sua madrinha lhe deu. Todo esse tempo de mudança você dormiu perto de mim. Agora, não consigo mais passar a noite longe de você. Seu pai concordou. Disse que também fica mais tranquilo com você ao nosso lado.

Ah, meu bebê você está crescendo tão rápido! Fala o tempo todo (no seu idioma, claro), agarra os pés, quer colocar qualquer coisa na boca, não apenas sorri, mas dá verdadeiras risadas, finge que está tossindo (muito engraçado..rs) e rola de um lado para outro no berço e na cama. Ainda não se vira sozinha, mas está quase conseguindo. Aposto que será tão rápido como quando você descobriu os pés, lá em Fortaleza. Ficava olhando para eles, tentando tocar e não conseguia, mas, todo dia avançava um pouquinho. Então, pouco tempo depois de chegarmos a Recife, a senhorita já estava agarrada com eles, achando aquilo a maior maravilha do mundo.

É, você está crescendo mesmo. E sabe o que eu descobri? Que você realmente já sabe quem eu sou. É que esta semana, dei uma saída rapidinha para o supermercado e lhe deixei com a menina que trabalha aqui em casa (Cleice é o nome dela. Muito gente boa e está me ajudando muito!). Resultado, ela me ligou, dizendo que você estava chorando e não sabia mais o que fazer para você parar. Eu voltei voando da rua e, quando entrei em casa e falei seu nome, você parou de chorar, meu amor. Veio para os meus braços e ficou calminha de novo. Estranhou a menina, mas me reconheceu. Confesso que fiquei feliz com isso. Orgulhosamente feliz.

Deixa eu ir agora, mais tarde volto de novo, para lhe falar sobre a viagem que faremos na Semana Santa.
Beijo!

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