quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Maluzites de Viagem

Saímos de Macapá lindos e cheirosos para pegar o avião para o Recife... Eu, com minhas neuras, achei que você havia comido pouco. Seu pai me alertou, com aquele tom "carinhoso" que lhe é peculiar, sempre que eu estou prestes a fazer alguma besteira: "Você vai fazer com que ela exploda de tanta comida!". E eu, naquela de "tô nem aí", resolvi lhe dar uma super mamadeira na hora da decolagem. Segundos depois, a profecia paterna se concretizou : você fez uma carinha estranha, deu duas tossidinhas e vomitou tudinho em cima de mim e de seu lindo vestidinho novo. Claro que, enquanto eu estava desesperada, pedindo ajuda, seu pai ficou imóvel, só nos encarando, com aquele olhar de "eu bem que avisei". E, para completar, no meio do vôo, você fez outra carinha estranha, e o resto da comida saiu, desta vez, por baixo, exalando aquele "cheirinho" que só um bebê é capaz de produzir.
Graças a Deus, havia uma conexão longa em Belém. Levei você ao fraldário, lhe dei um super banho e coloquei uma roupinha nova, comprada ali mesmo, no aeroporto (porque, claro, eu esqueci de levar uma outra roupa para você, o que rendeu outro olhar crítico da parte do seu pai).
Então, com você limpíssima, embarcamos para Recife. Você, linda e cheirosa; eu, empestiada de perfume francês para tentar esconder o fedor do vômito na minha roupa; e seu pai, tranquilo e elegante, como um mestre do Sudoku deve ser.
E esse foi o início de nossas férias, bebê. Nenhum comercial perfeito de margarina, mas um momento imperfeito e divertido (por que não?) em família.

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