domingo, 3 de maio de 2009

O Primeiro Susto

Você era do tamanho de uma cabeça de alfinete (talvez menor) quando me deu o primeiro susto, sabia? Deixa eu contar como foi...

Na semana seguinte à descoberta da gravidez, eu fui fazer a primeira ultra, cheia de expectativas com relação a você. Quando o exame começou, só apareceu uma manchinha na tela, e a médica, que era uma doida insensível, foi logo dizendo que você provavelmente não havia se desenvolvido, ou que a gravidez poderia ser fora do útero. Aquela manchinha, que eu imaginava ser o saco gestacional (o primeiro sinal visível de uma gravidez), ela falou que não estava formado normalmente, que não era redondo e blá, blá, blá. Consegue imaginar como eu fiquei? O queixo do seu pai foi ao chão. A minha vontade era sumir dali, bem rápido. Quando, finalmente, consegui sair da sala, caí em prantos, imaginando como seria minha vida sem você. Meu médico, Dr. Paulo, que você vai conhecer quando nascer, conseguiu me acalmar um pouco. Disse que provavelmente ainda era muito cedo para ver algo na ultra e que eu ficasse tranquila, pois tudo seria esclarecido em breve. Pediu um novo exame de sangue e, mais uma vez, deu positivo, ou para ser mais exata, nas palavras dele, “fortemente positivo”.

Esperei mais três semanas para refazer a ultra e exigi que fosse com outro médico, pois não queria nem ouvir a voz daquela maluca de novo. E assim foi feito. O Dr. Paulo me indicou o Dr. Gladstone, especialista nesse tipo de exame. Uma pessoa maravilhosa, bebê. Super atencioso, tranquilo, nos recebeu muito bem. Seu pai também gostou muito dele. Depois de conversar um pouquinho conosco, começou o exame e, então...supresa! Você apareceu lindão na telinha! Só tinha 15mm, mas estava lá, bem direitinho, do jeito que eu imaginava. E mais, seu coraçãozinho já batia forte e nós conseguimos escutá-lo. Ah, bebê, novamente eu caí em prantos, mas desta vez, de alegria. Uma imensa alegria, que eu não sei nem explicar. Só sei que, naquele dia, eu me senti uma felizarda, com a certeza de que eu tinha (tenho) dois corações pulsando dentro de mim.

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